O Derbi 197, está chegando , será realizado em 06/10- terça-feira as 21:30.
O tema histórico para ilustrar esse clássico foi o nosso saudoso Bondinho que tínhamos circulando por Campinas, e nos dias de hoje podem ser vistos em pleno funcionamento para um bom passeio, na Lagoa do Taquaral .
História dos Bondes na cidade de Campinas
A ferrovia a vapor chegou de São Paulo no ano de 1872, em
1878 foi criada a Companhia Campineira de Carris de Ferro. No dia 25
de setembro de 1879 começava o serviço de bondes de tração animal (mulas) em
Campinas. A companhia foi estruturada para levar os passageiros da ferrovia na
praça da Estação até a praça José Bonifácio, largo da Catedral Metropolitana,
através da Rua Treze de Maio.
No início a companhia incorporou quatro carros de tração
animal da Companhia John Stephenson em Nova York, inaugurando a nova
linha em 25 de setembro de 1879 e mais tarde adquirindo mais alguns bondes
desativados da Companhia Viação Paulista, usados da cidade de São Paulo
que foram operados em cinco linhas.
Em 1910 foi criada uma nova empresa, a Companhia
Campineira de Tração, Luz e Força (CCTLF) para fazer um sistema elétrico
de bondes. Em 1911 encomendou 8 novos bondes com dez fileiras de bancos da
empresa J. G. Brill Filadélfia, e iniciou a construção de uma nova linha.
No dia 24 de junho de 1912 a CCTLF inaugurou seu sistema de
bondes elétricos com bitola métrica na cidade que utilizavam uma rede elétrica
de corrente contínua, com tensão de 600 volts e sua bitola era de 1000 mm, a
mesma usada pelas ferrovias de maior porte, como a Mogiana. Na década seguinte
a companhia adquiriu mais 8 bondes da Brill, em seguida construiu seus próprios
veículos baseados no modelo americano. Posteriormente em 1923, trouxe mais 8
veículos que estavam circulando na Filadélfia, Estados Unidos.
A cidade de Campinas ainda teve uma das poucas linhas de
bonde interurbanas, o Ramal Férreo Campineiro que possuia bitola de
600mm, uma herança da ferrovia a vapor entre Campinas e o distrigo de Sousas.
Com a inviabilidade de se manter os trens do Ramal Férreo Campineiro (RFC), em
18 de março de 1917 a CCTL&F decidiu comprar a empresa e desativou
definitivamente o uso dos trens, finalizando a circulação da "cabrita"
23 anos após sua viagem inaugural, causando comoção geral nos moradores e
usuários.
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